Amiga solidão

Essa guerreira me faz companhia

Agarrada ao meu passo já lento

Tem os meus olhos e os meus trejeitos

Já até aprendeu meus sorrisos fartos

Com ela a noite nunca é vazia

Há sempre uma lembrança, um alento

Rebatendo na saudade dos feitos

Em dores vicerais...qual partos

De conversa em conversa vira a noite

Me encarando nesse espelho adentro

Uivando e me alisando em açoite

Essa amiga vai aos poucos corroendo

Meus dias que moram numa só noite

Como um apêndice que permanece doendo...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 07/06/2005
Código do texto: T22826
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