Pétalas ao chão

Pétalas ao chão

E mais uma vez vê-se petalas no chao,

Galhos quebrados e rosas destruidas pelas tuas mãos.

Sinto também partes do meu corpo falecendo,

Minha alma cedendo as minha mils agonias.

Pois todavia minha natureza tem cansado,

A beleza tem perdido seu proprio encanto.

Vê-de as minhas petalas murchas e mórbidas,

Frias e tenebrosas, mesmo com o chegar do orvalho.

Que mêsmo regando-me não me acrescenta vida,

Pois rachada e dividida se acha a minha alma.

O sol quente e me seca e resseca as gotas.

Gotas do findo orvalho que viera a me banhar.

E aos tantos vão caindo as minhas pétalas,

E já não restando nada, me entrego a areia.

Minha vida é um sopro de um suspiro,

É assim que vivi, nasci até um dia o tempo me ceifar.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 29/05/2010
Código do texto: T2287195
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