NADA DEVAGAR
A espera me cansa,
Por que quase não vejo o dia
Nesse tempo que avança,
Não é suficiente olhar,
Eu preciso fazer poesia,
Não vejo nada devagar.
E assim,
Queria que cessasse minha angústia,
Rapidinho!
Aliás, o dia não é mais dia,
O sol se escondeu atrás das nuvens
E parece que encolheu a tarde,
Mas hoje eu vou compor,
Amanhã eu canto a melodia
Para mim mesmo,
Assim não me cansa esperar
E saber não me dói que não vens.
Alegrias estilhaçadas
No muro das incompreensões,
São más águas passadas,
Que não movem o moinho,
Das nossas boas ações.
Não esperes viver outra vez
O que passou,
É preciso ter lucidez
E ver que acabou.
24/5/2010 SSABA