*Agreste nebuloso*
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Coerentes águas... Que são ouvidas pelos os ouvidos absolutos. Descem o declive da impureza, cruzando desfiladeiros emblemáticos. Molhando terras, em duelo com os soberanos que não clamam por lavouras...
 

 
Mas escavacam terra... Admitindo crateras na fome do ouro, crateras machadas de sangues dos pobres súditos. Nestas maquiavélicas crateras muitos não subiram ao topo com vida, perderam o semblante diante da morte.

 
O filho pediu socorro no extermínio e a mãe não ouviu... Blasfemou e duvidou de DEUS, foram muitos brados na garganta do diabo. Uma boca sinistra incrustada em ouro sorria da sina, sem a gentileza de 
oferecer o funeral.

 
As coerentes águas seguirão o seu curso. Deparando com almas aflitas que bailam no horror da brasa, e com a negra fumaça que sufocou vidas. Constituindo no horizonte nuvens que alastram chuvas cáusticas, sobre o agreste nebuloso.  




SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 30/05/2010
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T2289559
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