Um olhar

Vi um olhar fixo, perdido, vagando

Vi um olhar, sim, fixo no infinito existia um olhar.

Um simples olhar, de Chico, Maria, Joaquim,

Que interessa isto?

O importante é que existia um olhar.

Um olhar bonito, fixo, contemplando o infinito.

Olhar de menino travesso

Olhar vago, triste, perdido.

Que olhava, não sei,

Não sei se pensava, meditava;

O que sei é que vi um olhar,

E olhando, pude também contemplar.

Contemplei o brilho das estrelas,

Percebi a beleza da lua.

Ouvi o silencio e no silencio percebi meu coração.

Eh!vi um olhar, e olhando para o olhar,

Aprendi a contemplar.

Contemplei meu eu interior,

E me olhando, pude perceber a profundidade do olhar.

Vãs filosofias tentam explicar e não conseguem,

Mas consegue a simplicidade de certo olhar.

E daí que eu pareça louco?

Loucura é não contemplar a beleza;

Loucura é não fixar no infinito e em segundos enxergar

A beleza da criação, coisas aparentemente sem razão.

Rendo-me ao simples olhar,

Que vi, fixado, contemplativo, triste talvez, porem um olhar.

Eh! Vi um olhar.

Diante da agitação do dia-a-dia, ainda pude presenciar um olhar.

Eu vi um olhar.

BJ Duarte
Enviado por BJ Duarte em 30/08/2006
Código do texto: T229011
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