agora que as minhas mãos de amar…

…já estão vazias

e são estátuas de vidro em reflexão

deixai em paz o coração

que frágil tece a teia em que ainda

quer apenas viver por frágeis dias

abismo profundo em névoa

se desvanece

e um raio em ira que fende o céu

em dois, cai quase a prumo

e atordoa e fere e mata

e enlouquece

e perde este Homem do seu norte

o rumo

-publicado na Antologia Escritores Brasileiros e Autores de Língua Portuguesa, 3ª Edição-Agosto2006

Alvaro Giesta
Enviado por Alvaro Giesta em 31/08/2006
Código do texto: T229308
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