Criação
Orna meu peito a morte, outra cousa,
Um verso repousa, mas sempre atento.
O frio que estimo e que n´alma perdura,
Afaga a loucura, o caos e o tormento.
E louca percorro tantas vielas e cujas,
Abrigam tão sujas, o meu abandono.
No torpe silêncio ergui o meu pranto,
Em forma de canto, em marmóreo sono.
E dos viveres que deixo em segredo,
Recolho com medo, os versos imundos.
Finda meus sonhos de horas tardias,
E o que crio em dias, acaba em segundos.