Criação

Orna meu peito a morte, outra cousa,

Um verso repousa, mas sempre atento.

O frio que estimo e que n´alma perdura,

Afaga a loucura, o caos e o tormento.

E louca percorro tantas vielas e cujas,

Abrigam tão sujas, o meu abandono.

No torpe silêncio ergui o meu pranto,

Em forma de canto, em marmóreo sono.

E dos viveres que deixo em segredo,

Recolho com medo, os versos imundos.

Finda meus sonhos de horas tardias,

E o que crio em dias, acaba em segundos.

Myrna RRP
Enviado por Myrna RRP em 31/08/2006
Código do texto: T229788