Mãe Natureza

Oh Mãe Natureza!

Tão bela és tu!

Imensidão de matas,

Animais, cachoeiras, riachos

Não temos dado valor a isso

Quantos dias ainda agüentará?

Tão imenso és o mar e o céu

Tão imensa é a nossa covardia

Como é agradável ouvir o cantar dos pássaros,

O coachar dos sapos, a cantoria dos grilos, cigarras

O misterioso pio das corujas;

A queda da água na cachoeira;

O quebrar das ondas do mar;

O cheiro da terra molhada, do mato

O perfume das flores, o frescor da chuva

A textura de uma árvore velha, da pétala de uma flor

O sabor das frutas, do mel, as plantas medicinais, os temperos milagrosos

O colorido da borboleta, do arco íris, da escama do peixe,

Da pena do pássaro, da pele do tigre

E nós pobres humanos, fora do contexto

Nos poupando do que é verdadeiramente belo e infinito

Será não sabemos o que estamos perdendo

Ou somos tolos o suficiente

Para sabermos e ignorarmos?