QUE OS VENTOS NÃO LEVEM
Nenhuma barca abarca meus poemas,
Nenhuma marca extrema
No meio dos pensamentos breves,
Nada que os ventos não levem,
Como as pegadas
Dos que não partem
E não precisam dizer a Deus.
Aqui deixo um susto pequeno,
O medo do justo
De não ser sábio e sereno,
Se o vento lavar o busto nu,
Adeus susto.
Ah! O meu pranto no poema,
É o ferimento,
Que não é tema de um canto,
No entanto Deus acena.
Viu... A lágrima
Que sai do meu poema,
Não é um adeus,
É uma lágrima
Que entrego a Deus!
SSABA 7/6/2010