Caos de solidão

Noite fria

chuva na terra

lágrimas no vidro

folhas ao vento

pensamentos ao léo.

Saudade pulsando

pulando/ gritando

solidão aflita,

alma em conflito

cheiro de terra molhada/ suada

chorada.

Noite ainda nascendo

sensação de abandono

caos interno.

Vontade de colo

de calar/ colar

corpo com corpo

abraço melado

beijo suado

pele ardente

desejo quente.

Encontro de mente

de alma gemente

carente/ caliente

por transbordar

na taça da noite

o vinho do tesão

guardado/ contido

explodindo/ sumindo

gritando em silêncio

e na escuridão.

Alma guardada/ aguardando

na espreita da noite

a lágrima que cai

da face e do céu

que molha/ afaga/ afoga

um sentimento tão nobre

que eu meramente ao acaso...

...pressinto chamar de

paixão.

Márcia barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 10/06/2010
Código do texto: T2311965