Sentidos...


Sentimos muito... Rasgamos os planos... Somos o atropelo de cada coisa.
Uma certeza... Apenas uma... O contrapor o infinito... Serestear as gotas de orvalho... Manter o olhar em foco.
Saberes toscos... Moldes definidos... Precipícios de nada.
Assim, subjulgadas as pestanas... Frívolas andanças.
Sentidos e correrias... Válvulas de escape durante o dia.
Ainda não cumpri todos os ritos... Nâo sobraram moedas para a fonte das vontades... Moldei as formas... 'Fôrmas' de intensidade.
Ouvir o dito... Privilégio para apenas alguns ouvidos.
E o texto ganha o rumo da constatação... Entregar-se às palmas... Não ser mais contramão. Depois, descobrir que a falta é maior do que o pulmão.
Um dia de frio... Um dia de olhar de peixe, apenas a metade do círculo... Completa resignação.
Amamos os moldes, porque nos conforta não surgirem as surpresas... Meias mesas... Falta do intacto riso... Aquele que é escolhido, não plantado.
Assim... Deixa-se o outro cumprir as suas próprias definições... O alvo do que aprendeu e moldou aos calcanhares.
Abro as janelas... Sentidos momentos. Magma que escorre por dentro... E vira casca.
Uma escolha... Perdida em minhas memórias.

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