Vento do Sim

Sim!- dizia o vento-

Enquanto me perdia

Em mim, devaneava,

E ela estava lá

Aos meus ouvidos

E soprava o vento

Que dizia: Sim!

Me levantei pasmo,

Com a aceleração

Que assolava todos

Os meus fluídos corpóreos

Enquanto o vento dizia: Sim!

Eu parecia ser

Uma parede concreta

Que é difícil rebentar.

Mas me rebentei

Por mim mesmo

Quando o vento disse: Sim!

Áh, por que eu não aceitava?

Como era tolo!

Fui pequeno e desmoronei

Sobre o vento...

Que dizia: Sim!

Agora onde está ele?

Depois que ela se foi

A brisa não existe!

E eu fico nesse

Frio estático, só

Procurando o sopro quente

Do vento que me dizia: Sim!

A culpa foi minha!

Sopro divino,

Eu fiz a fonte se fechar,

E parar com o canto

Que assoviava,

Como uma lira divina,

Em meus ouvidos

E me dizia: Sim!

O que tenho agora?

- Pergunto eu a meus cacos-

Apenas febre e pena,

Já que me encontro

Agora no vazio

Que sopra a brisa

Me dizendo: Não!

Gustavo C Rodrigues Gummer
Enviado por Gustavo C Rodrigues Gummer em 02/09/2006
Código do texto: T231297