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Por onde passar passeia a poesia de um passante prostrado perto do porto permanente póstumo pedindo pelo pedaço do próximo perdido, pedante pródigo.

Por onde passar passeia a poesia de um passante.

Prece podre sem poder postulando praticamente o puro pote de proteção, preso no presente permanente.

Por onde passar passeia a poesia de um passante que prometeu não ser proteu e pedir para pobre pedra não pedir para parecer pessoa, parada parecia preferir praticamente não proferir pedaços.

Por onde passar passeia a poesia de um passante.

Peço pelo pé pequeno, pelo preto ponto, posso poder procurar por perto, se perco, pego e peco por preferir poder pôr no poço pontilhado, pessoas preciosas para o povo.

Por onde passar passeia a poesia de um passante.

Pitada de prisão prende pouco, por perto, pregos na porta, um prazo perpétuo de pisotear pessimista.

Por onde passar passeia a poesia de um passante.

Parente perdido de pescador, pêssego patrocinador de padrear, que nem pagador podia pegar, pois por preferência era padecedor de profeta, pejando de pinheiros pequenos pastos.

Por onde passar passeia a poesia de um passante.

Peça permissão para os pais, primeiro, para poder poetar por perto.

Pelo que preferia tudo pelo apreço.

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in "Uma Ordem Natural das coisas" - pág. 29

Leonardo Martins Nietzsche
Enviado por Leonardo Martins Nietzsche em 03/09/2006
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