Para o "DIA DOS NÃO NAMORADOS"

Junho chega e trás um dia româtico

Onde muitos tem beijos e presentes

Envolvendo um sonho, um cântico

Afastando os fantasmas carentes.

Mas nem sempre o amor é grato

Neste dia que tantos desejam.

A solidão se torna amiga de fato

E de dores ao coração calejam.

Muitos se põe a pensar: Não mais existo.

Sou invisível no meio de tantos.

Tenho amor, tenho vontades e insisto,

Mas não acho o que procuro pelos cantos.

Aonde o amor me falta em partes

Preeencho com pensamentos e vagos afazeres

Muitos com certeza, são apenas descartes

Que escondem na verdade, meus prazeres.

Difícil as vezes se torna enfrentar a agonia

Aonde qualquer lembrança de amor me dói.

Choro, sofro...lembranças me embotam o dia

E a do amor é a única que me "destrói."

Mas o que é o amor sem mim?

Para amar, eu tenho que existir!

Se eu morrer, também chegará o fim

Da esperança que tenho no sorrir.

Talvez eu só esteja no caminho errado.

Mas tolo é quem desiste do amor.

Um novo sempre chega, mesmo que atrasado.

E com ele , chega um intenso calor.

E que aos poucos se torna envolvente

Nos braços e no peito de quem espera.

O amor está vivo para que o vive e o sente

Como o brotar de uma flor na primavera.

Acho que o DIA DOS NAMORADOS

É apenas um dia como qualquer um.

A diferença é que neste, os "sorteados"

Tem o que eu não tenho em comum.

Mas tenho a vida. Tenho sonhos. Tenho a mim.

Tenho força. Tenho coragem. Tenho paz.

Tenho tudo e mais um pouco que enfim

Me dá a certeza de que sou capaz.

De amar como tantos e de peito aberto

E que bem vindo seja o amor que me vier.

Pois nada neste mundo é apenas deserto

De poeiras das lembranças que se quer.

Geraldo Lys
Enviado por Geraldo Lys em 13/06/2010
Reeditado em 31/05/2019
Código do texto: T2317195
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