Ancião, o amor...

Eu ancião do futuro retroagir

visualizaste os contornos, planeta mãe

chorosa difusa, amarga, sofrida.

Filhos ingratos predadores sádicos,

Imundos, dementes, elouquente,

donos do nada, irracionais aristocratas...

Ah! O amor, este sim sábio, forte

em crise do próprio valor, o amor.

O coração vadio, vagabundo e sonhador

estábulo da razão, mitra do ser

forasteiro invasor da pedra viva

chacal em ebulição, ascensão.

Ó mago senhor sábio e sano

amor, magno do provir eterno.

Adultero pós amigos fieis, então

dobrar-te-á a tua eloqüência ou

intolerância congênita, o amor.

Grego sentido teatral do amanhã!

Tal qual a mãe que pariu Valquíria

teus contornos enfeitiçaram Zeus

contagiaram o palhaço, reviveram

Platão zombaram de Netuno,

debocharam das flechas de Heros...

Renderam-se ao mago, sábio.

Ressuscitaram o Grael fundiram-se ao todo

viveram a luz das trevas, eclodiram o seribeiro

à cruz da relevância absurda da mentira.

Riachos sangrentos onde jaz a mística ruir

o palhaço, o palco, a platéia, o picadeiro.

A dor da terra onde deságua o fim...

O Bruxo

Carlos Sant’ Anna

Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 13/06/2010
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T2317306
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