Ancião, o amor...
Eu ancião do futuro retroagir
visualizaste os contornos, planeta mãe
chorosa difusa, amarga, sofrida.
Filhos ingratos predadores sádicos,
Imundos, dementes, elouquente,
donos do nada, irracionais aristocratas...
Ah! O amor, este sim sábio, forte
em crise do próprio valor, o amor.
O coração vadio, vagabundo e sonhador
estábulo da razão, mitra do ser
forasteiro invasor da pedra viva
chacal em ebulição, ascensão.
Ó mago senhor sábio e sano
amor, magno do provir eterno.
Adultero pós amigos fieis, então
dobrar-te-á a tua eloqüência ou
intolerância congênita, o amor.
Grego sentido teatral do amanhã!
Tal qual a mãe que pariu Valquíria
teus contornos enfeitiçaram Zeus
contagiaram o palhaço, reviveram
Platão zombaram de Netuno,
debocharam das flechas de Heros...
Renderam-se ao mago, sábio.
Ressuscitaram o Grael fundiram-se ao todo
viveram a luz das trevas, eclodiram o seribeiro
à cruz da relevância absurda da mentira.
Riachos sangrentos onde jaz a mística ruir
o palhaço, o palco, a platéia, o picadeiro.
A dor da terra onde deságua o fim...
O Bruxo
Carlos Sant’ Anna