... cetim barato, uma chama bêbada
“Não quero rosas”,
nem aquele coro de “os”
quando a terra cobrir minhas botas.
Basta o cetim barato doado pela prefeitura
e um lugar para descansar a cruz das minhas costas.
Não haverá alças de prata,
nem escapulário de latão, para instilar palavras espremidas,
quando minhas botas cobrirem-se de terra.
Basta a claridade da noite urinando nas paredes
e uma chama bêbada, entulhando a cera dos vivos.