Um poeta sem estrutura

Sou poeta da terra, poeta da noite,

Poeta da luz e da escuridão.

Talvez um poeta incessante,

Mas sou poeta perante os momentos de solidão.

Sou poeta do povo e ouso contar

Os conflitos do seu e do meu coração

Com toda essa indecisão.

Sou pálido, sou tapado,

Porém sou cheio de emoção,

Sou também amigo de tudo que me rodeia

E por sinal sou bastante querido

Lá na sua altura ou aqui na minha canhura.

Sou todo de arte, sou um bardo viajante,

Que ando por entre sonhos e emoções

E só paro de escrever quando tirarem

O meu emblema de poeta,

Ou quando não puder manifestar mais uma caneta.

E quando vierem me dizer que já é hora de partir

Enterre-me junto a papel e caneta

Que no outro lado ainda não morri,

Pois sou poeta e só morrerei quando no

Tempo de sensatez um povo por vez

Não se lembrar mais de mim.

Edmir Junior
Enviado por Edmir Junior em 03/09/2006
Código do texto: T231965