Cometa

Não saberia existir com limites

O céu, a lua, as estrelas eram o mínimo.

Poderia abraçar quantos corpos

E seduzir quantos olhares

E dançar todas as músicas

E estar em todos os lugares

E viver intensamente cada minuto.

Muito, muito mais ainda queria

Porque o tempo era pequeno

E o mundo tão extenso

A descobrir, a sentir.

Energia, pura energia que passa e entorpece

Irradia e faz feliz.

Todos os espaços ocupados

Todos os corações sorrindo

Todos os sentidos aguçados

Todos os olhares com luz

E todas as estrelas a brilhar.

Assim passou um cometa.

Único! Raro! Intenso!

Passou, deixando um brilho inebriante, inesquecível.

Tão efêmero e tão eterno.

Seu nome: Alexandre.

Homenagem a um amigo amado que, após um acidente, foi brilhar em outras esferas, deixando um grande vazio e uma enorme saudade.

Rosimere Ferreira
Enviado por Rosimere Ferreira em 03/09/2006
Código do texto: T231997