ABISMO


Num abismo,
Amparado apenas pelo
Cordão do pensamento.
Pendia o coração,
A alma
E o desejo de mudar.
Mais do que respirar,
Pelo corpo
Ousava captar o hálito
Da real transformação.
Num abismo
A alma louca
Absorta em caminhos íngremes
Lentas e despreparadas
Questionava
Pela existência ou não
Da força chamada Deus.
Na “ infinitude” da loucura
A decisão de não mais permitir
A indesejável ação da indecisão.
Num abismo
Solto e louco
Pelo desejo da mudança
Abriu-se a fenda
E por ela
O líquido Divino borrifou
Sobre a cabeça
Do homem que O questionou...
E se fez LUZ!