TRANSPARENTE LAR
Meu lar é um doce lar,
desabar de emoções, confusões.
É meu, e tanta gente se lançou,
mergulhou, machucou o meu lar.
Malquerentes já o deixou excecrável,
lastimável.
Ó meu lar, se faleces vou junto.
Meu lar é meu, mas quem quer pode entrar.
Não me venhas com espúrios e astúcias,
ele é frágil e fácil de quebrar,
de hierarquia de cristal, é melancólico,
às vezes rebelde, é confuso, mas há bonomonia.
Escrevo, mas não o entendo;
não falo, mas ele às vezes é tão claro,
transparente como a seda.
Meu lar é ferido, mas vencido,
é da imensidão do céu e com grades de prisão.
Liberdade! Liberdade!
Abre as grades do meu lar.
Ele quer, ele é bom,
mas há fobia de criança e,
almejo de jovem na esperança.