All, (the romance, parte 3)

All, (parte 3)

Eu poderia muito bem parar de querer você. Eu poderia muito bem atravessar a década de 80, lá é onde estão as mulheres de minha vida, casadas, com o Leminski, com o Franz, com o meu tio!

(eu irei Atravessar/

Firme/

///////// como um travessão que precede a voz do tempo)

Eu vou visitá-los e eles não me deixam parar de querer você.

Eles me aconselham escrever canções///////////(

eu escrevo canções mas elas não me tornam parecido com o Chico, único homem vivo com o charme de um poeta morto

)

Eles dizem, "Você tem que ser como um poeta morto, filho..."

Ah//

Eu escrevo para não morrer, All, e tanto a vida quanto a poesia não tem valor nenhum pra você. Eu escrevo porque estou vivo mas isso lhe soa brega (você é mais triste e bonita que isso).

Eu e a felicidade corremos atrás de você e eu sempre chego depois dela, a tempo de pegar apenas sua boca desdesenhando um sorriso seu... desdenhando um sorriso meu...

O que me diria se eu e a felicidade chegássemos juntos?

Mais no blog http://vazioainda.blogspot.com

Guilherme Bastos L
Enviado por Guilherme Bastos L em 17/06/2010
Código do texto: T2326050
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.