A morte é solitária

Na hora de sua morte,

deitará o olhar na janela.

Uma réstia de sol

oscilando em sua pupila baça

e ainda mais ofuscante

do que foi a vida.

E verá vultos

amofinados e constrangidos.

Quem te velará?

Os vultos das agulhas?

Os fantasmas da morfina?

Não haverá ninguém de sentimento coado,

só bagaços...

E o coração ainda quente,

pedindo mais vida.

Gladys
Enviado por Gladys em 17/06/2010
Reeditado em 20/06/2010
Código do texto: T2326122
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