A morte é solitária
Na hora de sua morte,
deitará o olhar na janela.
Uma réstia de sol
oscilando em sua pupila baça
e ainda mais ofuscante
do que foi a vida.
E verá vultos
amofinados e constrangidos.
Quem te velará?
Os vultos das agulhas?
Os fantasmas da morfina?
Não haverá ninguém de sentimento coado,
só bagaços...
E o coração ainda quente,
pedindo mais vida.