EM SILÊNCIO
EM SILÊNCIO
No silêncio instalado em minh'alma
Mergulho no meu próprio eu,
Sou um contraste de incertezas
Com todas as certezas que aprendi a ter.
Conheço o profundo da ausência,
Disfarço minha dor sem nostalgia,
Quem na vida nunca se decepcionou
Com as fugas de quem mais se amou.
O que me importa a mim o descaso
Se na minha vida sempre fui sozinha,
Que posso ser para que se importem
Com a verdade das saudades minhas.
Sigo no silêncio e absolvo-me da tristeza,
Se não concordo com o pensar demais
Nas ausências que o silêncio esmaga e atrai.
Ando a esmo perdida sem presenças,
Vou batendo as portas dos vazios,
Abraço meu corpo que chora e sente frio.
MÁRCIA ROCHA
18/06/2010