SOU AVE QUE NÃO CANTA...

Há um soluço

encravado

na minha garganta...

Vivo um impulso

refreado

que me espanta...

Sinto um fogo

que me incandesce

e me desencanta,

mas logo

me toma e enrubesce,

como aquele amor

que do inesperado surge,

aquela chama que ressurge,

dum já vivido ardor!

Um desafogo

que ainda não vivera

ou apenas uma quimera?...

E fico confusa

com o que sinto

e quase me encanta...

Emoção obtusa...

Sei bem que minto.

Sou ave que não canta!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 04/09/2006
Código do texto: T232870