A flor do Rio Negro

Meu Deus!

Meu Deus!...

Quão beleza ascende frente aos meus olhos.

Nem rio Negro,

Nem cachoeiras,

Tão pouco o céu escuro adormecido.

São capazes de me dar mais do que a visão.

Entre amigos, fatos e fotos,

Galanteios e rodeios está ai essa mulher.

Êxtase estonteante,

Margarida solitária na selva,

Anjo da luz,

Que o meu coração necessita.

Mesmo sem tempo,

Sem movimento, ainda enclausurado na vontade de declarar.

A emoção a solta,

Mesmo sem ter as palavras livres na boca,

Mesmo sem poder me insinuar com interessado,

Deixo aqui registrado os meus versos.

Você nem sabia,

Apenas olhou com pouca sintonia.

Se foram mal versados os ritos,

Se fora o destino,

Não sei precisar,

Mas já valeu para não esquecer essa noite

Na terra quente.

Não houve história,

Mas guardei no peito a paixão que quis se libertar.

Fui-me embora para nunca mais voltar,

Deixando que noite e dia essa lembrança,

Venha me castigar.