Insônia

Oh insólita deusa da madrugada!

Tu que clareias minha noite

Sem ao menos ter permissão,

O que pensas de mim afinal?

Acaso pensas que é algum mérito

Passar a vida em plena claridade?

Achas interessante aparecer

De repente e causar-me o

Já conhecido desconforto?

Tu te enganas, nobre senhora!

O que mais desejo é sua solidão.

Anseio por seu fracasso.

Ah como regozijo com a tua desgraça!

Vai-te deusa solitária!

Segue teu destino...

Procura outra alma,

Pois esta, tu já bem conheces.

Ana Gonçalves
Enviado por Ana Gonçalves em 21/06/2010
Reeditado em 22/06/2010
Código do texto: T2333693
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.