Insônia
Oh insólita deusa da madrugada!
Tu que clareias minha noite
Sem ao menos ter permissão,
O que pensas de mim afinal?
Acaso pensas que é algum mérito
Passar a vida em plena claridade?
Achas interessante aparecer
De repente e causar-me o
Já conhecido desconforto?
Tu te enganas, nobre senhora!
O que mais desejo é sua solidão.
Anseio por seu fracasso.
Ah como regozijo com a tua desgraça!
Vai-te deusa solitária!
Segue teu destino...
Procura outra alma,
Pois esta, tu já bem conheces.