Noites de São João

Quando eu menino,

ao pé das noites de São João,

para o céu empurrava balões.

Buscava-os até quando

o tamanho das estrelas

confundissem os lumes.

Em cada balão

uma esperança

sem itinerário

brilhava.

Quando eu hoje,

ao pé das fogueiras de São João,

para o céu empurro os olhos,

busco balões inconsequentes,

estrelas errantes,

e amores vívidos

que se apagaram na noite fria.

Quando eu menino,

ao pé das noites de São João,

pulava fogueiras,

soltava esperanças.

Não me imaginava hoje,

ao pé da fogueira,

pulando a noite,

soltando lembranças.

Carlos Alberto de Souza
Enviado por Carlos Alberto de Souza em 24/06/2010
Reeditado em 25/06/2010
Código do texto: T2338961
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