A morte do poeta

Mais uma noite em claro...

Insônia maldita que insiste em me perseguir...

Não agüento mais tamanho sofrimento...

Eu tentei ser forte... eu juro... mas não consegui.

Eu tentei a sorte, larguei tudo e me arrependi.

Busquei de todas as formas o caminho da felicidade...

Tive muitos amigos que os julgava companheiros de verdade.

Hoje estou aqui neste quarto sombrio e como única companhia...

Uma folha de papel amassada, uma taça cheia até a metade de Cabernet e a caneta tinteiro que já falha de tanto escrever...

Eu lutei o máximo que pude, mas fui jogado no calabouço do esquecimento...

Estou totalmente abandonado...

Meu sorriso ficará apenas em lembranças, em fotografias...

As minhas esperanças, se transformaram em agonias...

Infelizmente na batalha entre os meus sentimentos, a vitoriosa foi a tristeza...

A taça cai e se quebra... com os cacos que ficaram no chão tento um último golpe contra a solidão...

O sangue que escorre de meus pulsos se misturam ao vinho tinto derramado sobre a mesa...

Minha vista está embaçada... tudo está escurecendo...

Hoje morre um poeta na Terra, porém nasce um anjo no céu.

Aramis
Enviado por Aramis em 01/07/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2351715