INSINUANDO AMOR.

Queria te tocar/acalentar

no momento em que chegas

cansado/ousado/sorrindo e

a insinuar o instante seguinte.

Queria te dar meu colo/refúgio/

regato/aparato e porto/pradaria;

te beijar docemente/inocente e

gulosamente na malícia da noite

que surge aos poucos e com a calma

de quem tem pressa.

Ir desvendando segredos/criando

mistérios...

Cruzar meus braços em seus abraços,

confundir minhas pernas em teus passos,

deslizar suave em seu corpo como água

na ânsia dócil e furiosa por reencontrar a

fonte...

... qual taça de vinho espumante

fazendo sorrir e embriagar/inebriando de

amor o desejo (in)contido/(in)controlado,amor

do tipo que se faz ás pressas e tão lentamente

que não se deixa saber a hora em que termina,

pois logo anseia por recomeçar.

Queria calar com sussuro,gritar com os

olhos, amar como nunca e descansar feito

tatuagem corpo á corpo.

Esgotar todas as possibilidades do momento

presente e deixar a vida lá fora esperando sem hora

sem pressa, o nascimento do dia para se recompor e

aguardar outro momento para recomeçar...

... pode até ser agora.

Márcia Barcelos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 02/07/2010
Código do texto: T2353562