Maçã não madura 25/101966

Poema

Não! Não ti esqueças do vulto

Ser de atônita surpresa

Retrato da negra tristeza

Ante a reza do meu culto

Não ti esqueças se oculto

A aureola de beleza

Que dorme sob a natureza

Do teu que é nosso vulto

Não ti esqueças se a vida

Foi pela infernal descida

Que leva a nenhum abrigo

Mas que com o fulgor do encanto

No peito somente levanto

A crença de viver contigo.