DO ENCONTRO
Noite nossa, luminosa...
Brilhamos feito flores num clarão.
Açoite que nos arrebata
Rajada a nos tirar os pés do chão
Breve e eterno tumulto
Alvorada em gozo na canção
Deleite, repouso
Pássaros em pleno vôo
na beira mar da solidão
Conjunto e interno silêncio
cúmplices na respiração
Aves aladas no Tempo
planando no alto céu do coração
Desertos, cidades
revoadas em claridade
verdade que não perde a direção.
D.V.
25/06/2010
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