Mágoa de Nada

Não tenho mágoa de nada

Foi tudo fruto da minha dor

E quando a dor resplandece

Parece um galho de flor

Sem as rosas; somente espinhos!

Era fome de amor

Queria pedacinhos de pão

Pra comer na tua mão

E na doçura do teu beijo

Saciar a minha sede

Mágoas inventadas por um coração

Surdo e cego

De não querer ver

A vida transparecer!

Mágoas de mim...

Meu amor!

De tanto te querer

Sem poder

Sem jamais ter

Mágoas que águas haverão de lavar

Ficarão branquinhas, branquinhas...

E na inércia do tempo, serem levadas...

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 10/06/2005
Código do texto: T23562
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