Pensamentos Mudos

Escritor: papel e caneta nas mãos trêmulas envelhecidas

Ele sente na obrigação de dividir com todos, pequenos filões,

Sentimentos, alegrias infindáveis, esperanças esquecidas;

Desejos eternos, gotículas de prazer e frustrações…

Pelo simples sonho de uma companhia amiga perscrutável.

Do outro lado com os rascunhos seus, encadernado, em mãos,

Procura deleita-se tentando decifrar-lhe o secreto;

O leitor fiel, cúmplice, percorre o inimitável.

No prefácio a percorrer em solos áridos infecundos

Anseia por socorro, percorrendo o enredo avança,

Não pode crer no que lê: respira ofegante.

Pelo puro silêncio, relaxante eterno abraça-lhe e acalma,

O que há de mais nobre e novo nessa nuvem de sentimentos confusos,

Ditos e contraditos, conseguindo assim “desvendar-lhe a prisma d’alma.

Por Selma Braga.