ENFRENTANDO-ME
Cara a cara, frente a frente,
Sem máscaras que ocultem verdades.
Sou eu, desnuda de mim mesmo.
Sou eu, em frente ao espelho.
Sinto as marcas, que tatuadas, ficaram.
Toco a face, que já não é a mesma de antes.
Sinto o perfume, sinto o ardor do beijo roubado,
Os sonhos perdidos de dois jovens amantes.
Passaram-se os anos, só as lembranças restaram.
Aqui, enfrentando meu insólito destino,
Vou desfazendo-me de minhas vergonhas.
Algumas alegrias foram, de fato, colhidas.
Alguma vaidade me resta ainda nessa vida,
Onde vou vivendo meus dias de desatino.
Mote: Enfrentar-se (Millor Fernandes)
Por: Mara Regina Weiss (Poesia On-Line)