A mulher que mora em mim

Não despertem a mulher que mora em mim.
Deixem-na sufocada, inviolável, intransponível
Não a tirem do sono suave
e a joguem na cruel luta
de repente, dessa forma bruta
Para que despertar a mulher que existe em mim?
Deixem-na no silêncio, sem espanto
como já vinha há tanto
Para que arrastá-la ao pranto?
Não despertem a mulher que adormece em mim
Deixem-na sem dor
Deixem-na assim
a acreditar no amor



Poema registrado no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil sob o nº 357.734