Um dia...

Um dia, volto dos labirintos que criei...
Meia volta... Nada consta... Tudo provado, outra vez.
Prendo-me às correntes... No subterrâneo de mim... Lançados os cabelos aos pés... Cobrem ao longo do corpo, feito heras, as lembranças que destoo ao vento.
As asas serão apenas minhas... À espera do sol que as derreta... Mito.
Um dia... A luz transbordará/ transbordou pela pele açucarada... Pela vitrine, em páginas viradas... O tempo-freio... Parado o tempo... Entremeio. Passado/ futuro quem dita isso, afinal?!... Nós? Amarrados às condições dos dias... Nada ilude, apenas os atos seriam válidos.
Assim, os textos viram rumos... Virão os golpes do destino?... Isso, sim, é mito... Páginas que eu mesma escrevo... Rodopios em cíclo acreditado... Meias verdades... Meias voltas... Metades...
Ah! Como a saliva dita os passos de uma escrita... Arrepia o colo... Nada contra as correntes que fito.

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