Quero-te verde...

Em estado, manso... Saliento o que tem rastro.
Um dia, traço as retas... Moldo e surrupio os planos.
Páginas e páginas desgarradas dos espirais... Rodeio, no ar, a papelada que escondo... Montes e folhas... Monte de folhas. Danço aos meus próprios passos...
Um risco... Um rabisco... Um finito fio de prata... A morte em destino traçada.
Corro e não chego... Antecipo-me e me atraso...
Quem dita o tempo... Que toca as pernas do relógio... Viram-se as ampulhetas? Moldo-me... Arrasto-me... Rastejo em pétalas.
Esqueço-me na prateleira... Um vento forte...
Quero-te verde... Vida minha.

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