Pequeno Mundo

O mundo é uma criança

e a minha atitude ingênua.

O que vejo são meras lembranças

de sua rica têmpora.

O Brasil parou no tempo.

A burguesia não fede,

mas o seu cheiro se alastra

com os eflúvios no vento.

Vivemos a decadência dos amores.

Ninguém mais tem um simples relacionamento.

As vedetes da hora se escondem

nas ruas de cada esquina.

Termos esdrúxulos como “peguetes”,

Ao meu ouvido, adentram.

Sou chamado de tradicional

na minha humilde existência.

Mas esquecem que sou banal

por não aceitar a repetição desse mundo de aparências.

Rômulo Souza
Enviado por Rômulo Souza em 09/07/2010
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T2368240
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