Desconsolo na praia

Os mais solitários são, precisamente, os que mais contribuem para a coletividade.

Rainer Maria RILKE

Para Kauã Mendes Guimarães

Desconsolo na praia

Talvez seja inútil...

Consolar-se na praia.

Sua vida não foi só de amores.

Sua vida não foi só de dissabores.

Vamos, não se precipites...

Não chores o imponderável.

Os amores descomeram como fezes.

A infância se perdeu em instantes.

Os melhores amigos se foram.

Não tentaste se isolar?

Não possuis família, religião, liberdade.

Mas tens um filho.

Poucas palavras alegres,

na densidade da vida.

Jamais, jamais amenizam.

Mas, e a tristeza?

A solidão não esta vazia.

Na penumbra do mundo escasso.

Sussuraste um poema inaudito.

Mas não virão outros.

Nada subtraído, querias

Pular, uma a uma, essas ondas?

Estas se afogando, não durma...

Acorde, menino.

Erivelton Machado Guimarães

e-mail:erivelton@machadoeguimaraes.com.br

www.recantodasletras.com.br/autores/eriguimaraes

Ton Machado Guimarães
Enviado por Ton Machado Guimarães em 10/07/2010
Reeditado em 20/06/2016
Código do texto: T2370064
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