O POETA E CIDADE 22
O POETA E A CIDADE 22
Oh, deus das mãos tortas,
Senhor desse lugar.
Nasci aqui.
Mas, não sei.
Se aqui encontrei-me!
Se aqui perdi–me!
Dessa terra,
Onde sou o quinto.
Não será divino,
Ascender nos sinos,
Nas badaladas de berros...
Jamais me enterro nesse som.
Oh, deus das mãos tortas,
Senhor desse lugar.
Nasci aqui.
Se aqui encontrei-me!
Se aqui perdi-me!
Dessa terra,
Onde sou o quinto,
Sou Severino...
Ninha...
Sou ladainha
De uma terra
Que não sei o que é.