Desejo embriagado...
A porta se fecha
A luminosidade clareia os corpos carregados de desejo
A pele queima reagindo ao toque de uma boca
Um rastro de fogo vagueia pelos corpos nus
O arrepio faz e refaz o caminho das mãos
Respiração arfante com o crescente desejo
O corpo pulsando ao ato contínuo
Mãos e corpos tocando-se em harmonia
A boca busca na pele satisfazer vontades
A boca na boca em dupla permissão
A boca gemendo ao ato perfeito
A boca sussurrando o prazer de dar e receber
Volúpias intermináveis em horas profanas
Corpos abandonados ao ir e vir inebriante
Toques suaves, arrebatadores
Na pele a marca da força do instante desejado
Agigantam-se os corpos em chamas
Faíscas corpóreas preparam-se para o ápice
Olhares embriagados, disformes, entorpecidos
Explode o desejo em satisfação
Corpos suados, brasas vivas a arrefecer
Sobre os corpos repousa a suavidade
Entre corpos a generosidade da entrega
Nos lábios um leve sorriso
A porta permanece fechada.