Desejo embriagado...

A porta se fecha

A luminosidade clareia os corpos carregados de desejo

A pele queima reagindo ao toque de uma boca

Um rastro de fogo vagueia pelos corpos nus

O arrepio faz e refaz o caminho das mãos

Respiração arfante com o crescente desejo

O corpo pulsando ao ato contínuo

Mãos e corpos tocando-se em harmonia

A boca busca na pele satisfazer vontades

A boca na boca em dupla permissão

A boca gemendo ao ato perfeito

A boca sussurrando o prazer de dar e receber

Volúpias intermináveis em horas profanas

Corpos abandonados ao ir e vir inebriante

Toques suaves, arrebatadores

Na pele a marca da força do instante desejado

Agigantam-se os corpos em chamas

Faíscas corpóreas preparam-se para o ápice

Olhares embriagados, disformes, entorpecidos

Explode o desejo em satisfação

Corpos suados, brasas vivas a arrefecer

Sobre os corpos repousa a suavidade

Entre corpos a generosidade da entrega

Nos lábios um leve sorriso

A porta permanece fechada.

Angela Leite
Enviado por Angela Leite em 11/07/2010
Código do texto: T2371393
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