Pesadelo sem fim

O canto do grilo com sua constância

Embala a noite com certa sustância.

Esse mesmo canto não é acalanto

Para minha alma que não se acalma.

Erro, berro, berro, erro.

E o pesadelo sem fim

Habita em mim.

Por que a inconstância do querer ser

É mais forte e constante

Que o próprio ser?

Não sei; ei, não sei.

Só sei; ei, só sei

Que hei de lutar para ser.

Ser o quê? Ser ou não ser?

Saullo Pereira
Enviado por Saullo Pereira em 13/07/2010
Código do texto: T2374745
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