A ultima canção de um elfo - O Adeus de Amrod
A dedicação por fim se encerra
O jovem Amrod, soldado e protetor
Da selva chamada Terra dos Pinheiros
Se encontra perante alguns distúrbios densos
A sensação de perda é monstruosa
Um delírio atravessa seu coração
E nada segue seus passos ao infinito
Caminha lentamente na direção do seu refúgio
Lembranças... esperanças... sonhos...
Tudo suspenso numa prisão temporal
Suas lágrimas tristes se acomodam lentamente
Num canto qualquer da Terra-média
Segura com firmeza sua harpa dourada
Fecha os olhos e combina alguns movimentos
Com a seguinte canção...
"Num mundo em ligeiras transformações
Tentei acompanhá-la, oh flor das estações...
Seu brilho apagado, sempre teve uma chama
Que consumia alguns dos meus temores
Fazendo-me respirar o ar divino
Que a esperança e a fé proclamam...
Caminhei oras, por terras e mares distantes
Por florestas densas e pântanos alucinantes
Desertos frios, cavernas místicas
Sempre numa missão constante e criativa
Uma busca, de um desejo simples
Materializado inesperadamente em mim
Á luz fúnebre do luar
Boas lembranças de momentos curtos
Se encerravam rapidamente
Com o brinde veloz das asas do destino
Sinos ao longe eram ouvidos
São ouvidos... e o serão por todo sempre
Em alguns momentos a eternidade é curta
Para os sentimentos inclusos num sonho
Afinal, qual a missão de um coração perdido
Um espírito cansado, reprimido
Através do complexo de êxtase
Resumindo alguns sorrisos em lágrimas
E algumas lágrimas em pós-vida
Dedicada a ti, como qualquer movimento
De meus passos alarmantes
Junto à orla dourada do horizonte
Impostos ao desejo da realidade e do tempo
Nos despedimos oh senhora dos Galadrims
Sua viagem é longa, e a minha acaba aqui
Junto a esta canção perdida eternamente
Nas florestas escuras dos meus sonhos
Meu rito triste, meu desabafo
Meu sincero e carinhoso... Adeus"
...Floresta fria...
...Silêncio monótono...
A harpa repousa sobre seu colo
Os olhos fecham-se com serenidade
E assim, a rendição eterna...