Colapso

Como um barco à deriva

intoxicada de dor

me deixo ir, me permito seguir o caminho do acaso.

Queimando em febre, em sol, em mar.

Sem destino...

escutando a voz perdida ao longe.

Serena e doce

...como um alento.

E ali, jazido.

Embriagada pela vida, marcada pelo êxtase das experiências...

Forjando alegrias desnudas

Exausta

Respirando medos inevitáveis

Espreitando vulcões, trêmula

inconsciente, débil no âmago

Como uma espiã, hesitando...

Vazia.

Talvez nada possuindo dentro de mim mesma.