Imanente
mutilado ecoa o tempo
balançando entre um e outro ponteiro
equilibra-se na risca de giz
do terno bem cortado
agoniza frágil
o tempo ágil
entre um beijo e uma confissão
morre cá dentro de embolia
a esperança bem guardada
largos passos costurados
descrevem o chão da agonia
não há portas ou janelas
capazes de frearem o tempo
e não há outro senhor da razão