a vida contriste

não olho apenas

os olhos dos que choram

ouço a dor

e amenizo a ferida

a intensa dor

pretensa não sentida

que cala a alma

mais tensa e dolorida

os olhos, os lábios

e até o tédio da desesperança

os sentimentos mais tensos

desde os de criança

que balbucia transverso o fim

ai de mim

que choras a dor alheia

ai de ti chorada

sem que o saiba

as madrugadas sem sonhos

a realidade doentia

porque o dia não amanhece

e nem a vida acaba.