Nó do destino...

Desviei o cajado da morte

Vim pro Rio de Janeiro

Deixei o que tinha no norte

A familia e um cajueiro

Sob o sol dessa cidade

Sou eu mais um brasileiro

Á sombra da liberdade

Encontrei no cativeiro

A mesma desigualdade

Do cangaço e o cangaceiro

A mão da necessidade

Me atirou nesse canteiro

E assim, só nessa cidade

Nasce mais um Zé Pedreiro

Que roga por caridade

Ao seu santo padroeiro

Tal e qual é minha sina

A de um "Pequeno Ribeiro"

Cujo o curso só termina

No destino derradeiro

Onde a vida descortina

Pelo padre e o coveiro.

Helio Pequeno
Enviado por Helio Pequeno em 18/07/2010
Reeditado em 19/07/2010
Código do texto: T2384824
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