Lépido

Enquanto lia,

Quase dormia.

(Não, a culpa não era

Do poeta nem minha:

Era tarde e eu estava cansado).

De repente, um susto:

Cismei que uma letra se movia.

(Seria sonho?

Não, não sou tão óbvio).

Era um ele, a letra,

Que andava lépido.

Fiquei intrigado.

Rapidamente aproximei os olhos.

Que frustração!

Meu l era apenas uma formiga.

Livros não são doces, coitada;

Por isso, entre as letras,

Ela andava, andava,

Andava, andava...

Pedro Oniwlack
Enviado por Pedro Oniwlack em 18/07/2010
Reeditado em 30/07/2010
Código do texto: T2385131
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