Abobalhados abobadados
Tentáculos de ervas que parasitam
árvores e muros
com tamanha violência!
Singram o céu aos murros,
asfixiam o troco da liberdade.
Artérias entupidas
enfartam o concreto de asfalto,
repletos de societas encardidos
que compilam em letras vestidas
brados surdos, mas bastante urdidos
ah! Belos!
babados e fitas,
brilhos!
Longos braços
dobram as bandeiras
levantam a voz,
asneiras!
tudo sem eira nem beira.
Peitos inflados
que pensam ser pedra de cantaria.
Que ousadia!
São apenas abobalhados abobadados.