Os Olhos da Inveja

Não sabe ela, a bichinha...
Que é uma vilã infeliz.
Se sente inútil e tristonha,
Não sabe nem o que diz.

Seus olhos são frios e perdidos,
Não conseguem se ocultar.
Vivem tristes no vazio,
Tentando um tolo encontrar.
Pra roubar o seu tesouro,
E na penumbra escapar.

Sua auréola é escura,
Vive suja noite e dia.
Perambula pelas ruas,
Catando com as mãos vazias.

Seus trajes esfarrapados,
Pulseiras de cordas nas mãos,
Com muitos nós enroscados,
Tramando muita confusão.

Na vida não soube plantar,
Passava noites e dias...
Mirando o jardim alheio...
Ansiando uma flor,
Pra cheirar o dia inteiro.

Amigos não existiram,
Só mágoas no coração,
Seu fim é uma página em branco,
Repleta de solidão.

Não sabia ela, a coitada...
Que as coisas alcançadas
Pelo esforço das próprias mãos
São pingos de suor sagrados
Que levantam e adormecem
Em silêncio de oração.

Obrigada luizpoetista, por sua maravilhosa interação.


Ah! Que bruxa incoerente, essa andarilha vestida de solidão, tentando, invadir as almas puras, para lhe roubar a alegria de cantar, sorrir e ser feliz... Bruxa inveja, serás sempre derrotada pela felicidade que mora com os destemidos a vencer em qualquer campo...


Imagem Google

Didinha Albuquerque
Enviado por Didinha Albuquerque em 22/07/2010
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T2394046
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